domingo, 16 de janeiro de 2011

Casa na areia


“Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras, e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha; e desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e não caiu, porque estava edificada sobre a rocha. E aquele que ouve estas minhas palavras, e não as cumpre, compará-lo-ei ao homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia; e desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e caiu, e foi grande a sua queda”. Mt 7.24-26



“Quem casa quer casa”. Esta é uma frase que sempre ouvimos. Ai surge as perguntas: Aonde construir? Quando? Como? Que arquiteto? Que desenhista? Procurar a prefeitura? Qual órgão? Como será seu interior? Os móveis? Utensílios? Quem casa se vê nesses cuidados.

Estamos diante de uma catástrofe, um caos em nossa Região. A chuva provoca o maior desastre natural da história do Brasil, que acompanha a lista dos dez piores do mundo em cem anos aproximadamente. O total de vitimas ultrapassa o número de mortos em 2010 inteiro. O fenômeno se deve ao efeito atmosférico que denominamos de La Nina provocando temporais devido a um reflexo do resfriamento das águas do Oceano Pacífico.

Estamos diante de famílias preocupadas com outras, de famílias desesperançadas, desesperadas por não saberem notícias de sua parentela. Falta água, luz, comunicação.

Lembramos que pagamos o IPTU todo início de ano. Recordamos que votamos em vereadores e em prefeito para cuidar de nossa cidade. Mas eles se ocupam de seus próprios umbigos e se esquecem de lutar pelo povo. Não informam à população que aquele lugar não se pode construir nada, nem escolas. Mas deixam o povo construir suas casas de areia...

Quando se constrói casas se concebe sonhos. Uma casa sempre é feita de amor e entrega. Nela se forma o lar.

Mas se edificamos em areia? Há um fim já esperado! A destruição.

Alguém poderia chegar e proibir. Leríamos a placa: “Não construa nesse local” ou “Lugar de risco”. O que temos visto são casas com sinais de “X” pois serão derrubadas ou então com marcas de “0” porque ainda estão firmes. Lamentável.


Construir vidas em alicerces de incertezas, de dúvidas, de conveniências, de prazeres momentâneos, de comodismos, de tradições. Vidas efêmeras, vazias, que vivem por viver, incrédulas de tudo e de todos. Vidas na areia. A opinião e o conselho são de somenos. E surgem as desculpas: “Todo mundo faz isso”; “Meu pai já fazia assim”; “Deixa a vida me levar, vida leva eu”...

Coração duro. Mesmo repreendido, mas duro: “O homem que muitas vezes repreendido endurece a cerviz será quebrantado derrepente sem que haja cura” (Pv. 29.1). Derrepente tudo acontece. A casa cai. A vida desmorona. Você perde tudo. “Onde está a sua casa?” “Debaixo daquele monturo, perdi, sumiu”.

Em Hebreus 3.8-19 lemos: “Não endureçais os vossos corações, Como na provocação, no dia da tentação no deserto. Onde vossos pais me tentaram me provaram, e viram por quarenta anos as minhas obras. Por isso me indignei contra esta geração, e disse: Estes sempre erram em seu coração, e não conheceram os meus caminhos. Assim jurei na minha ira que não entrarão no meu repouso. Vede, irmãos, que nunca haja em qualquer de vós um coração mau e infiel, para se apartar do Deus vivo. Antes, exortai-vos uns aos outros todos os dias, durante o tempo que se chama Hoje, para que nenhum de vós se endureça pelo engano do pecado; porque nos tornamos participantes de Cristo, se retivermos firmemente o princípio da nossa confiança até ao fim. Enquanto se diz: Hoje, se ouvirdes a sua voz, Não endureçais os vossos corações, como na provocação. Porque, havendo-a alguns ouvido, o provocaram; mas não todos os que saíram do Egito por meio de Moisés. Mas com quem se indignou por quarenta anos? Não foi porventura com os que pecaram, cujos corpos caíram no deserto? E a quem jurou que não entrariam no seu repouso, senão aos que foram desobedientes? E vemos que não puderam entrar por causa da sua incredulidade.”



Aprendamos com esse povo!

Quando Jesus contou a parábola dos dois alicerces, Ele demonstrou duas verdades: OUVIR E PRATICAR A PALAVRA.

E contou sobre dois tipos de pessoas: as que ouvem e praticam e as que fazem o contrário. As que não ouvem e não praticam estão construindo sua casa sobre a areia, e o contrário constroem sobre a rocha.

Que tipo de alicerce é estruturado sua vida? Areia ou rocha?

Cumprir a vontade de Deus é uma condição prévia essencial para a entrada no reino dos céus. Mas a decisão é sua em escolher. O reino de Deus é alcançado por força (Mt. 11.12). Quem se esforça alcança a benção, apodera-se do reino de Deus. Resolve romper com as práticas pecaminosas e imorais do mundo e seguem a Cristo, a Sua Palavra e seus justos caminhos. É rocha. São firmes. Não importam com o preço a pagar. Combatem o combate da fé. Resistem a Satanás, ao pecado e a sociedade perversa em que vivem. Oram sem cessar. Jejuam. Têm fome espiritual.

Jesus chama de insensato, tolo, insano, louco, aquele que tem sua vida na areia, no “deixa pra lá”, no “outro dia eu vejo isso”, no “sou novo ainda, tenho muito tempo”. O pior é que vem a chuva, as correntes de rios os ventos fortes e é “grande a sua queda”.

Jesus chama de prudente, precavido, sábio, providente quem edifica sua vida sobre a rocha. A chuva, os rios e ventos vêm de igual modo, mas ele está firme, forte. “No mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo eu venci o mundo”. Casa edificada na rocha não cai! Não cai! Não cai! Barranco de um lado, pedras grandes de outro, mas a casa está ali firme, linda! Mil a sua direita e dez mil a tua direita e você ali, firme, sem ser atingido! Quem pratica a Palavra é assim. Viver na rocha é renunciar ao mundo. É viver olhando para o Mestre. É agradar a Deus e não aos homens.

É ouvir as pessoas dizerem: “Que crente é esse?”; “Que alegria em meio a tanta tristeza?”; “Que consolo em meio à dor?”.

É na Palavra que devemos viver. É ela que nos levanta a cabeça e nos põe em pé.


Em Tiago 1.22-25 lemos:

E sede cumpridores da palavra, e não somente ouvintes, enganando-vos com falsos discursos. Porque, se alguém é ouvinte da palavra, e não cumpridor, é semelhante ao homem que contempla ao espelho o seu rosto natural;


Porque se contempla a si mesmo, e vai-se, e logo se esquece de como era.


Aquele, porém, que atenta bem para a lei perfeita da liberdade, e nisso persevera, não sendo ouvinte esquecidiço, mas fazedor da obra, este tal será bem-aventurado no seu feito.”

Quer ser feliz? Seja rocha. Cumpra a Palavra de Deus em sua vida. Viva pela Palavra. Se envolva com a Palavra. Faça dela seu viver. “Feliz é o que ouve a Minha Palavra e as cumpre” (Lc. 11.28). A Palavra de Deus nunca passará (Mc. 13.31). Se firme Nela. Assim será abençoada sua casa, sua família, sua cidade, seu país

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